O presente artigo tem por objetivo identificar se as práticas pedagógicas curriculares, desenvolvidas no contexto escolar, interferem nos processos de adaptação, implicando em êxito ou fracasso, dos estudantes em transição do 5º para o 6º ano e verificar os pontos mais marcantes relacionados ao índice de fracasso escolar nesta transição. A pesquisa é de natureza quali-quantitativa e foi realizada em duas escolas: uma da rede privada no município de Serra/ES, e uma da rede pública do município de Vitória/ES. Buscou-se ouvir os profissionais e alunos das duas escolas e traçar um paralelo entre as duas realidades observadas. Os dados da pesquisa são resultantes dos relatos coletados por meio de entrevista e através da análise de estatísticas e informações obtidas dentro dos arquivos das escolas visitadas. Os diálogos teóricos foram estabelecidos com Saviani (2006), Santos (2007), Cainelli e Oliveira (2013). O resultado do processo de observação, análise e averiguação do tema pesquisado é que, apesar de algumas estratégias adotadas para tentar amenizar os impactos da transição especialmente entre o ano 5º ano do ciclo iniciaI e o 6º ano do ciclo final do Ensino Fundamental, as dificuldades são grandes e perceptíveis, especialmente quanto ao estranhamento na relação professor-aluno e a organização geral da etapa de ensino ingressante.