A educação é direito de todos os cidadãos brasileiros, inclusive das pessoas privadas de liberdade. Nesse sentido, o presente trabalho buscou compreender a atuação dos profissionais da educação no presídio masculino de Vila Velha, localizado no bairro Xuri no Estado do Espírito Santo por meio de visitas técnicas ao presídio e à Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS). Esta é uma pesquisa de natureza qualitativa, de caráter descritivo, em que foi utilizou-se como principais referenciais teóricos: FREIRE (1987; 1996;) e VIDOLIN (2017), e entrevista semiestruturada como instrumento de coleta de dados, respondida pelos profissionais da educação que atuam nos locais supracitados. Os dados coletados, a partir das narrativas dos profissionais entrevistados, apontaram três categorias de análise: (1) formação profissional inicial e formação continuada, (2) a segurança dos profissionais da educação no presídio, e (3) regras e modelo de ensino. Ressalta-se que o modelo de ensino adotado no presídio é o da Educação de Jovens e Adultos – (EJA). Os resultados da pesquisa indicaram que os profissionais da educação almejam a implantação da formação continuada, apontam a baixa autonomia e os recursos materiais limitados como fatores desfavoráveis à educação de qualidade, assim como a sensação de segurança dos profissionais em relação ao ambiente do sistema prisional. Portanto, nota-se que os profissionais estimam o investimento em políticas públicas convenientes à qualidade da educação aos sujeitos do sistema prisional.