dc.description |
O presente artigo tem por objetivo analisar a cobrança da taxa de
corretagem de imóveis adquiridos na planta no “stand” de vendas. Cobrança essa
repassada ao consumidor que, quando se desloca até o local presumindo que
adquirirá o imóvel diretamente com a incorporadora/construtora, é recepcionado por
um corretor que não foi contratado por ele para intermediar a compra. Há também a
cobrança da taxa de Serviço de Assessoria Técnico-Imobiliária - SATI, que é
prestada por advogados no “stand” para assessoria e confecção dos contratos,
sendo tal cobrança transferida para o consumidor. Devido à quantidade de ações
sobre o tema, foi proferida uma decisão recente pelo Superior Tribunal de Justiça -
STJ, na qual foi reconhecida, por unanimidade, a legalidade da cláusula contratual
que transfere o ônus do pagamento da taxa de corretagem na venda de imóveis ao
consumidor, tendo como fundamento a informação clara prevista em contrato.
Quanto à taxa SATI, o STJ reconheceu sua abusividade pelo pagamento dessa
quantia destinada aos advogados da construtora por terem redigido o contrato de
compra e venda, além dos serviços relacionados ao negócio. À luz do Código de
Defesa do Consumidor mostraremos se tal prática configura-se abusiva e suas
implicações nas relações de consumo. |
pt_BR |