Abstract:
A produtividade, o efetivo de mão de obra e o custo total são variáveis de extrema relevância ao se considerar um método construtivo para execução de um projeto de engenharia civil. Visando atender tais requisitos, diferentes metodologias vêm sendo exploradas no sentido de substituir métodos morosos por métodos que façam uso de tecnologiais atuais e gerem menos resíduos. Assim, destaca-se o drywall, definido como um sistema de construção a seco e sem função estrutural. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi comparar o método construtivo de vedações verticais internas em drywall com a alvenaria de blocos cerâmicos. A metodologia consistiu inicialmente de uma pesquisa em bases de dados científicos acerca do drywall e da alvenaria em blocos cerâmicos, a fim de compará-los em relação à propriedades, vantagens e desvantagens. Assim, foi realizado um estudo de caso em uma obra de construção hospitalar localizada na cidade de Juiz de Fora – Minas Gerais, dotada de 24.603,46m² de vedação vertical em drywall, responsáveis pela compartimentação dos ambientes. Os resultados do estudo revelaram que o custo para vedação de drywall é de fato menor quando comparado à alvenaria de bloco cerâmico com revestimento argamassado, e demonstram que a produtividade em termos de produção/hora trabalhada também foi mais eficiente para o primeiro método, ilustrando uma quantidade de horas 5 vezes menor, fato este que também impacta no orçamento final da obra. Análises prévias envolvendo o desempenho acústico evidenciaram uma diferença expressiva de 16 dB entre os dois métodos, indicando que o drywall com placas duplas, por exemplo, atende a todos os itens estabelecidos pela norma técnica vigente, enquanto o método de alvenaria com blocos cerâmicos de 14x19x19cm e 1,5cm de revestimento atende a apenas um dos itens. Conclui-se, portanto, que o drywall é um método eficiente que vem emergindo cada vez mais no âmbito da engenharia civil por demonstrar diferentes vantagens sobre metodologias, como a alvenaria de blocos cerâmicos, evidenciando que este pode vir a ser considerado um substituto viável e eficaz na construção civil.
