Abstract:
A concept little discussed by Psychology yet, but which has been gaining visibility in the academic environment, the Necropolitics, which can be defined as the state power that aggravates political negligence through the choice of who the State “causes to die and leaves to die”, aims to support this research, bringing analysis about its effects on the production of subjectivity of adolescents in the school environment. Through the cartography method, the objective was to identify which sensitivities are created from the crossings produced in the school routine and its consequences on the mental health of adolescents, considering the complexity of the affections that occur within the school and observing the elements of subjectivity that modulate these subjects . The research was carried out with the participation of a fixed group of adolescents between 11 and 16 years old, of both sexes and different grades, enrolled in a State Public School of Elementary Education in the city of Serra - ES. The choice of the school as a scenario for the analysis of this theme, part of the understanding that being the school participating in society and operating its dynamics, put into analysis the relationships that are established within it and understand them as producers of subjectivity through the production and reproduction of worldviews and of themselves, can contribute to the policy of “making the state die”. Thinking about the Necropolitics is essential for the exercise of Psychology in Brazilian schools, since its consequence has been the weakening of the mental health of black, brown, poor and peripheral children and adolescents.
Description:
Conceito pouco discutido ainda pela Psicologia, mas que vem ganhando visibilidade no ambiente acadêmico, a Necropolítica, que pode ser definida como o poder estatal que agencia negligências políticas através da escolha de quem o Estado “faz morrer e deixa morrer”, visa embasar esta pesquisa, trazendo análise acerca de seus efeitos na produção de subjetividade de adolescentes no ambiente escolar. Através do método da cartografia, objetivou-se identificar quais sensibilidades são criadas a partir dos atravessamentos produzidos no cotidiano escolar e seus desdobramentos na saúde mental de adolescentes, considerando a complexidade dos afetos ocorridos dentro da escola e observando os elementos de subjetivação que modulam esses sujeitos. A pesquisa foi realizada com a participação de um grupo fixo de adolescentes com idades entre 11 e 16 anos, de ambos os sexos e séries distintas, matriculados numa Escola Pública Estadual de Ensino Fundamental no município de Serra – ES. A escolha pela escola como cenário para a análise dessa temática, parte do entendimento de que sendo a escola participante da sociedade e operando a dinâmica da mesma, colocar em análise as relações que se estabelecem dentro dela e entendê-las como produtoras de subjetividade através da produção e reprodução de visões de mundo e de si, podem contribuir com a política do “fazer morrer” do Estado. Pensar a Necropolítica é essencial para o exercício da Psicologia nas escolas brasileiras, já que sua consequência tem sido o enfraquecimento da saúde mental de crianças e adolescentes negros, pardos, pobres e periféricos.