Abstract:
The loneliness of unaccompanied women during childbirth, which is still present today,
and the professional and institutional control over the process of giving birth, motivated
this study in order to investigate compliance with Law 11.108 of 2005, known as the
Companion's Law, which obliges health services to allow the entry of a companion
chosen by the mother during the entire pregnancy and childbirth cycle. The objective
was to identify the perception of postpartum women regarding the right to a companion,
focusing on their legally constituted right and on the experiences they experience
during all stages of childbirth. The study is an exploratory descriptive research with a
qualitative approach, with thematic content analysis. To prepare the project, 79 forms
were answered by women who gave birth in maternity hospitals metrolitan region in
Grande Vitória between 2019 and 2020. Of the 79 forms, 4 were excluded, as they did
not correspond to the object of study. Data were collected from April to June 2020. The analysis categories point to the vulnerability of pregnant and parturient women; the
relevance of the companion; and due to the nature of the reports, it highlighted the
strong presence of obstetric violence(s). The study found the existence of a population,
for the most part, knowledgeable about the right to a companion, but it links its legal
right to the mere benevolence of the medical team, also points to the need to reflect
on the nuances of obstetric violence, understanding that they are reflection of other
forms of violence (structuring).
Description:
A solidão da mulher sem acompanhante no parto, presente ainda nos dias atuais e o
controle profissional e institucional sobre o processo de parir, motivaram o presente
estudo no intuito de investigar o cumprimento da Lei 11.108 de 2005, conhecida como
Lei do acompanhante, que obriga os serviços de saúde a permitirem a entrada de um
acompanhante de escolha da parturiente durante todo o ciclo gravídico e puerperal.
O objetivo foi identificar a percepção das puérperas no que se refere ao direito ao
acompanhante, com foco no seu direito constituído legalmente e nas experiências por
elas vivenciadas durante todas as etapas do parto. O estudo trata-se de uma pesquisa
descritiva exploratória de abordagem qualitativa, com análise de conteúdo temática.
Para elaborar o projeto foram respondidos 79 formulários por mulheres cujo parto
aconteceu em instituições municípios da Grande Vitória entre 2019 e 2020. Dos 79
formulários, foram excluídos 4, pois não correspondiam ao objeto de estudo. Os dados
foram coletados no período de Abril a Junho de 2020. As categorias de análise
apontam para a vulnerabilidade das gestantes e parturientes; a relevância do(a)
acompanhante e, devido à natureza dos relatos destacou a forte presença de
violência(s) obstétrica(s). O estudo constatou a existência de uma população, na sua
maioria, conhecedora sobre o direito ao acompanhante, porém atrela o seu direito
legal à mera benevolência da equipe médica, aponta ainda para a necessidade de
reflexão sobre as nuances da violência obstétrica, compreendendo que são reflexo de
outras formas de violências (estruturantes).