Abstract:
Tendo em vista o elevado número de indivíduos privados de liberdade no Brasil e
que o ambiente carcerário é precário e não contribui de forma eficaz para a
ressocialização do encarcerado, entende-se que diversos fatores influenciam
negativamente na psicologia emocional dos detentos que, ao serem libertados,
consequentemente, colocam a sociedade novamente no papel de vítima, em um
ciclo vicioso. Nessa pesquisa, busca-se uma análise evolutiva dos modelos de
espaços prisionais, evidenciando a influência da edificação no comportamento dos
apenados e dos servidores, objetivando buscar parâmetros balizadores da
neuroarquitetura, aplicados a projetos de penitenciárias existentes. Realiza-se,
então, uma pesquisa com abordagem qualitativa e caráter exploratório, por meio da
coleta de dados, através de uma revisão bibliográfica sobre a temática arquitetura
prisional, assim como estudos da neurociência e biofilia, além de uma pesquisa de
campo com servidores de unidades prisionais, por meio da aplicação de questionário
on-line. Diante disso, verifica-se que o modelo APAC contribui positivamente para a
ressocialização dos detentos, por meio de suas características humanistas e expõese
diretrizes projetuais e diagnóstico de localização para uma unidade neste modelo,
no Bairro Linhares, na cidade de Juiz de Fora - MG, balizada em parâmetros da
neuroarquitetura, com o intuito de prover espaços mais livres e humanizados e que
ofereçam qualidade de vida aos apenados e aos servidores.