Abstract:
A expansão dos sistemas dutoviários possibilitou maior fluidez e escoamento da
produção dos mais diversos produtos, principalmente em países de grandes
extensões territoriais como o Brasil. Apesar de fornecer maior segurança e benefícios
econômicos, estes sistemas estão expostos a riscos que podem comprometer
significativamente a integridade dos dutos. O monitoramento e gerenciamento de
riscos se apresentas como ferramentas importantes para eficiência e longevidade
desses sistemas e mitigação de eventuais impactos. O presente trabalho abordou um
estudo de caso, em uma faixa de dutos da empresa Transpetro, realizado pela
empresa Vectra Engenharia em 2015. Foram analisados documentos referentes a
obras de contenção em dois trechos no estado de Minas Gerais, sendo a primeira no
km150+000, no Rio Paraibuna e a outra no km356+600 na região de Betim. Em
ambos os trechos, a faixa de dutos expostos trata-se de uma importante ligação entre
o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, por onde passam dutos como Orbel I e II e Gasbel
I e II. Foram analisadas as metodologias adotadas para estabilização e recomposição
de taludes em faixas de dutos. Observou-se divergências dos projetos base com os
projetos executados, divergências relacionadas a batimetria, pluviosidade e
dimensionamento, além da realocação de recursos em diversos momentos. A obra do
km150+000 apresentou maior complexidade, visto que além das alterações no projeto
inicial e das condições climáticas, as licenças necessárias não foram autorizadas,
demandando mais recursos.