O PROCESSO PSICOTERAPÊUTICO INFANTIL NA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL

Abstract

Na contemporaneidade, a infância tem sofrido diversas transformações em seus modos de ser que provocam intenso sofrimento infantil, ampliando a necessidade de atendimento psicoterapêutico às crianças. Esta pesquisa bibliográfica objetivou descrever os modos por meio dos quais o processo psicoterapêutico infantil, na clínica fenomenológica-existencial, pode auxiliar a criança em sua experimentação e na construção e atribuição de sentido ao que vivencia. A análise qualitativa dos dados denotou que embora tenha havido uma evolução no delineamento da infância e no atendimento às suas peculiaridades, ainda observa-se dicotomias nos modos como as crianças são educadas e preparadas para o futuro e as repercussões destas exigências psicossociais tem ocasionado o incremento do adoecimento infantil, da medicalização da infância e da busca pela psicoterapia infantil. Demonstrou que a clínica fenomenológica-existencial infantil problematiza o ser criança na contemporaneidade e auxilia a criança a “tomar as rédeas” de seu próprio existir, questionando as determinações nele presentes, mantendo-se aberta às experiências e capaz de lidar com as repercussões e com o sofrimento que podem decorrer destas experimentações mundanas, cuidando de ser si mesma e, em liberdade, conscientemente dizer sim e não ao que encontra pelo mundo.