Abstract:
O mundo enfrenta muitos desafios ambientais. Um solo saudável, um suprimento adequado de água limpa e fresca e ar limpo são apenas algumas das necessidades básicas que permitem aos humanos viver. O tabaco, para alguns classificado como produto viciante e supérfulo, ameaça muitos desses recursos naturais. Atualmente, a maioria das pessoas, fumantes ou não, têm ciência dos impactos do tabagismo sobre a saúde. No entanto, pouco se fala a respeito dos danos ambientais associados ao mesmo. O tabaco gera resíduos e inflige danos ao meio ambiente ao longo de seu ciclo de vida. A indústria fumageira prejudica o ambiente de maneiras que vão além dos efeitos da fumaça que os cigarros, quando fumados, colocam no ar. O cultivo, a fabricação de produtos de tabaco, a entrega aos varejistas, a disposição dos resíduos gerados após o consumo, têm consequências ambientais tais como desmatamento, degradação da fertilidade do solo, geração de grande quantidade de resíduos na fabricação dos produtos, promoção de incêndios, entre outros. Diante do exposto e considerando que a cada ano são fabricados cerca de 6 trilhões de cigarros em todo o mundo, este trabalho teve por objetivo principal compreender a relação que se estabelece entre o tabaco e o ambiente. Perante uma abordagem mais conceitual, delinear a Avaliação do Ciclo de Vida da indústria fumageira e fazer uma avaliação qualitativa dos impactos ambientais do tabaco ao longo de seu ciclo: cultivo, manufatura de produtos, distribuição, consumo e disposição final dos resíduos, além de apontar algumas medidas implementadas para controle de sua produção e consumo. Constata-se que o tabaco apresenta uma cadeia de danos ambientais em todas as fases do seu ciclo de vida e que, um controle abrangente do tabagismo pode ajudar a deter tais danos. Pode auxiliar para quebrar o ciclo da pobreza, erradicar a fome, promover agricultura e crescimento econômico sustentáveis e combater as mudanças climáticas.