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O presente trabalho busca analisar a (in)constitucionalidade do artigo 5º do Decreto nº
11.302/2022, que concede o indulto natalino, por Decreto do ex-presidente da República, Jair
Messias Bolsonaro. O Decreto em análise, levantou questionamentos jurídicos em sua
formulação, uma vez que permitia que condenados com pena máxima inferior a cinco anos
fossem beneficiados sem exigir tempo mínimo de cumprimento de pena. O artigo vem
explorar a discricionariedade presidencial no uso do indulto no uso dos limites impostos pela
Constituição Federal de 1988, considerando o posicionamento do Ministério Público Federal
em criticar a ausência de critérios específicos no decreto. Argumenta-se que essa falta de
requisitos compromete princípios como proporcionalidade e individualização da pena. É
também abordado no trabalho os riscos que um indulto excessivamente permissivo oferece à
sociedade, segurança pública e sistema penal. Concluindo, esta pesquisa reforça a importância
do controle rigoroso dos critérios de concessão de indultos.